Expedição Areias de Jurubatiba: paraíso no litoral norte fluminense

Como parte da preparação para expedições longas, partimos em viagem com o grupo da Trovão Off Road na Expedição Areias de Jurubatiba: paraíso no litoral fluminense. A expedição teve como destino o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, um parque federal mantido pelo ICMBio que abriga a restinga de Jurubatiba, um verdadeiro paraíso de lagoas naturais, vegetação, areia e mar no norte do estado do Rio de Janeiro.

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

A expedição só foi possível porque a Trovão Off Road obteve autorização do parque para tráfego na região. Ou seja, não é possível acessar a região por conta própria, o que pode inclusive ser considerado crime ambiental, dependendo do que você for fazer (trilha 4×4 não planejada, fora de rota, com certeza configura tal situação). Portanto, antes de tentar se aventurar, procure o parque para obter informações de como acessá-lo e obtenha autorização. A Trovão Off Road além de obter a autorização conhece as trilhas e caminhos por onde é possível praticar atividade off road sem degradar o meio ambiente.

O início do passeio começou com um briefing do pessoal responsável pela manutenção e cuidados do parque, com explicações sobre a área, extensão, fauna e flora e o que é permitido e o que não é.

O passeio

Ter experiência off road em areia era um desejo meu. O modo de condução se modifica completamente na areia. Desde a calibragem dos pneus, que precisa ser baixa para aumentar a aderência ao piso,  passando pelo nível de aceleração e manutenção de giro e torque de motor com objetivo de evitar atolamentos e o modo de mudança de direção, que devido a baixa aderência do piso, sofre uma espécie de atraso entre o volante e a mudança de direção efeitva. Com a experiência em Jurubatiba fica faltando apenas o piso com neve para uma experiência de condução off road completa (já foram lama, água, cascalho, pedras e areia).

Após briefing, saímos em direção ao Farol de Quissamã, em um deslocamento de aproximadamente 45km na areia. Já na saída um pequeno desafio: a rampa de descida do calçamento do parque cedeu, e foi preciso fazer um desvio já caindo direto em uma duna, fazendo com que todos já provassem logo de cara do formato de condução em areia.

O grupo era bastante heterôgeneo, com veículos de todas as marcas. Alguns inclusive de tração integral e sem reduzida, como por exemplo, Mitsubishi ASX. Na areia vale muito o torque e potência do motor, além do preparo como pneus baixos. E óbvio, piloto. De fato em alguns momentos o Sierra fica para trás e veículos com menor capacidade off road deslancham em alta velocidade. Isso se deve ao fato de menor motorização do Sierra e no meu caso pelo seu câmbio automático de 4 marchas.

Para manutenção de ritmo constante, partimos de 4×4 reduzida em todo o trajeto. No Sierra, ao deixar o carro apenas com 4×4 não é possível desligar o controle de tração automático, o que inviabiliza andar em areia sem a reduzida, pois a todo momento, a partir do destracionamento de alguma roda o controle entra cortando potência, e age no sentido contrário ao desejado, que é manter ritmo. Portanto, com a reduzida acoplada, o câmbio de 4 marchas automático impõe um giro de mais de 4.000 rpm, e quando necessário transpor algum obstáculo, esse chegava a 5.000 rpm.

Diante de um deslocamento longo (45km), optei por controlar o giro para evitar que o óleo da transmissão aquecesse e consequentemente levasse o carro a bloquear o seu uso. Desta forma, apesar de mais devagar que todos os outros, fomos tranquilos em todo o deslocamento. Sobre a temperatura de óleo e do arrefecimento, após este passeio, decidi adquirir um equipamento extra que conectado ao carro me permitisse visualizar estas informações e assim desfrutar melhor do passeio. Lembrando que o Sierra sequer tem indicador da temperatura do líquido de arrefecimento no painel.

Lindas lagoas, visual fantástico, muita diversão e aprendizado sobre condução off road e Jimny Sierra. Assim foi o passeio de Jurubatiba.